A mordida construtiva é de suma importância, pois determinará o relacionamento desejado entre os arcos dentários, tanto no momento de confecção do aparelho, como durante a sua utilização pelo paciente. Para a sua obtenção, deve-se considerar três planos de espaço:
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1) Horizontal
Aconselha-se uma dimensão horizontal da mordida construtiva que não cause muito desconforto ao paciente, favorecendo assim, uma melhor colaboração no uso do aparelho. Alguns autores preconizam que a mandíbula deve ser protruída de tal forma que os incisivos adquiram uma posição de topo a topo, observando, concomitantemente, as relações de normalidade dos caninos e primeiros molares permanentes. Quando a projeção mandibular ultrapassar 6 mm, deve-se realizá-la em etapas progressivas, respeitando um intervalo de 8 a 12 meses. |
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2) Vertical
Considera-se que, na maioria dos casos, o espaço funcional livre seja de 2 a 3mm na região posterior e de 4 a 5mm na anterior. Recomenda-se uma altura da mordida construtiva de 2 a 3mm além do espaço funcional livre, ou seja, de 4 a 5mm na região posterior e de 6 a 7mm na região anterior. |
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3) Frontal
A mordida construtiva deverá proporcionar a coincidência entre as linhas medianas da maxila e da mandíbula, independente dos deslocamentos dentários, tanto no arco superior como no arco inferior, exceto nas Classe II assimétricas. |
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